Soneto para o meu 77º aniversário
São já setenta e sete anos que a mim chega, amadurecido
com uma outra cuidada lucidez, mais um feliz novo outono.
Neste silêncio de tardes cinzas e neste sopro de abandono
é o seu aveludado abraço que agora ganha novo sentido.
Tropeço no outubro dourado que em mim sempre está escrito,
mas não me vou
entristecer ao olhar estes fragmentos e ruídos,
porque na alegria
que me renova, nunca me perco em descuidos.
Sei que as folhas mudam, mas ficam as raízes em terra de granito.
No outono onde de
novo tudo é novo, eu renasço em vida.
E se Mnemosine sempre
inventa, segreda, cria e conspira
dando cores e tons àqueles fragmentos de lembrança tecida,
essa memória
que sabe sempre que sabe, mesmo o que evita,
e que vai
mapeando os lugares onde nunca estive ou jamais vira
é, sempre
será, aquele lugar onde, em mim, a liberdade habita.
7 de Outubro de 2021
Apreciado Sr. Figuereido.
ResponderEliminarMuchas felicidades en su aniversario.
Le deseamos lo mejor, y esperamos seguir leyendo sus fantásticas entradas.
Un fuerte abrazo de sus amigos.
Sebastià y Ferran Lería (rails i ferradures)
Muitos parabéns e que muitos mais sonetos vejam a luz neste dia.
ResponderEliminarCumprimentos
Américo Conceição (Porto de Antanho)
Muitos parabéns!
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