A “Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes” Paris 1925 1
Notas
Nota 1 – Todos os sublinhados e negritos
são da minha autoria.
Nota 2 – As traduções são minhas, salvo
indicação da autoria
Nota 3 – Manteve-se a ortografia original
dos autores.
Nota 4 – Não se usa o novo Acordo
Ortográfico
Faz hoje cem anos que, em
Paris, na Terça-feira 28 de Abril de 1925, abriu com grande pompa, a “Exposition Internationale des Arts
Décoratifs et Industriels”.
Nos anos 20 a situação económica ia-se
estabilizando e iniciava-se um curto período de recuperação financeira e de paz
internacional.
Neste
quadro de relativa estabilidade, o breve período que corresponde aos anos vinte
e que se prolongará até às consequências na Europa da grande crise económica de
29, será vivido pelos seus contemporâneos como anos de prosperidade, para
alguns mesmo de euforia - “les années folles”- , num período marcado pela
"segunda revolução industrial", ou seja o petróleo e a electricidade
que se vão tornando as principais fontes de energia substituindo o carvão.
“Num Grand Palais
transformado e de uma inesperada sumptuosidade, o Presidente da República
proclamou ontem com grande pompa a abertura oficial da Exposição Internacional
de Artes Decorativas e Industriais Modernas.
fig. 1 - Inauguration de L’Exposition des Arts Décoratifs in Le Petit Journal Illustré Domingo 10 de Maio 1925.
Após a cerimónia de abertura prossegue o relato
do “Le Figaro”:
“Ao som da Marcha Heróica de Saint-Saëns,
forma-se a procissão e o Sr. Gaston Doumergue, liderado pelo Sr. Fernand David*
e acompanhado por todas as figuras oficiais, o corpo diplomático, parlamentares
e membros da imprensa, abandona o Grand Palais.” [2]
[*Fernand David (1869-1935), Comissário geral da Exposição de Artes Decorativas e Industriais.]
fig. 2 -
28-4-25, Inauguration des arts décoratifs [le cortège officiel sur le
pont Alexandre III. 28-4-25, photographie de presse. Agence Rol. Gallica Bibliothèque nacional de France. BnF.
E refere ainda o Le Figaro:
“O Sr. Doumergue entra na Exposição pela “porte
d’honneur” junto à ponte Alexandre III.” [3]
fig. 3 -
Inauguration de L’Exposition des Arts Décoratifs in Le Petit Journal
Illustré Domingo 10 de Maio 1925
A Exposição obedecia a um Plano cujos responsáveis foram os arquitectos Louis Bonnier (1856-1946) e Charles Plumet (1861-1928), e os comissários Fernand David (1872-1927) e Paul Léon (1874-1962), então director das Belas-Artes.
fig. 4 – Exposition des arts décoratifs. Vue panoramique. Paris 1925 Agence Rol. Source gálica. Bibliotheque national France. BnF.
O sucesso imediato da “Exposition Internationale des Arts Décoratifs” onde “Somos
convidados a ver edifícios, pavilhões, palácios, galerias, quiosques, jardins,
fontes, torres, claustros, sinos, portas monumentais.” [4] como assinala o jornalista Georges
Le Fèvre (1892-1968), em L’Art
Vivant,
contrastou com o atraso da maioria das obras nas
instalações que só foram sendo concluídas e os pavilhões inaugurados, ao longo
dos meses de Maio e Junho.
“Muitos passeantes aproveitaram o descanso de domingo
para visitar ontem a Exposição das artes decorativas. Infelizmente, apesar dos
esforços, não só a obra não está concluída, como alguns recantos ainda parecem
estaleiros de obras.” [5]
fig. 5 - Jornal Exelsior lundi 4 Mai 1925 (pág. 6) source Gallica BnF.
Para além do sucesso de visitantes, a Exposição possibilitou o contacto directo desse público com as realizações de uma nova geração de artistas e criadores, nascidos na “esquina dos séculos” à volta de 1900, e que procurava, com a Exposição, criar um novo desenho baseado em novas formas de arte, e conciliando o artesanato com a produção industrial.
E mesmo algumas arquitecturas, apesar de efémeras, já mostravam novas concepções, materiais e formas que se queriam representativas do século XX.
Com efeito, os organizadores da
Exposição, pretendiam explicitamente afirmar, na linguagem da época, um “estilo
moderno”, ou seja, “a
tentativa de criar um estilo capaz de reflectir a fisionomia da nossa época, as
suas tendências, os seus gostos, as suas concepções de vida.” [6]
Para o que, logo no artigo 4 das “Condições de admissão” do Regulamento, se decreta que “São admitidas na exposição as obras de
inspiração nova e de uma verdadeira originalidade executadas e apresentadas
por artista, artesãos, industriais, e editores e criadores de modelos dedicados
às artes decorativas e industriais modernas. São rigorosamente excluídas as
cópias, imitações e contrafacções dos estilos antigos.” [7]
fig. 6 – Arax (aka) Djololian-Arax (1897- 1975) Exposition des arts décoratifs 1925 Paris Vue extérieure photo 9,9 x 14,5. Paris Musées, musée Carnavalet, Dist. GrandPalaisRmn / image ville de Paris.
Na imprensa da época o professor e crítico de arte Guillaume Janneau (1887-1981), em artigo intitulado “Considerações sobre o espirito moderno” sublinha esta mesma ideia relacionando-a com o desenvolvimento e o desenho do automóvel.
“Ao apresentar uma coleção de
obras selecionadas, a Exposição de abertura apresenta os resultados de um
imenso esforço.
Pela primeira vez, a natureza coerente dos estudos realizados desde 1890 é revelada ao público não especializado; melhor, a própria existência desses estudos. Sem dúvida, muitas formas evoluíram ao longo destes trinta e cinco anos; tivemos mesmo a notável sorte de assistir ao desenvolvimento de um Estilo: o do automóvel.” [8]
De facto, com a guerra e com o avanço das ideias sociais, nasce a procura de um desenho dos objectos de uso quotidiano, que com a industrialização se tornam agora mais desinteressados da estética da forma, procurando a eficácia técnica, tornando-os mais económicos e funcionais pela reprodutibilidade industrial permitindo o acesso a um maior número de consumidores.
A Exposição teve ampla
repercussão na imprensa francesa e internacional, diária e sobretudo
especializada, e apesar do sucesso do público que a visitou, provocou um debate entre os
que a elogiaram como grande e oportuna realização e os muitos, sobretudo
artistas, criadores e críticos para os quais a Exposição foi uma desilusão quer
pela ausência da componente social, quer pela desconexão com a realidade da
vida contemporânea, nas suas novas condições técnicas, industriais e sociais.
Por isso, neste texto, importa-nos apreciar como viram a Exposição (e em particular a sua arquitectura), os que a visitaram e o que sobre ela escreveram.
“Alguns, transbordando de feroz entusiasmo, declararam que este esforço
marcava o advento de um estilo inteiramente renovado, rico em possibilidades,
fértil em descobertas sublimes; outros proferiram um veredicto esmagador:
"Fracasso".
Entre estes dois extremos, espalharam-se opiniões mais moderadas.
Madame, que tem bom gosto, considerou isto inaceitável, aquilo delicioso. Monsieur,
este efeito grandioso, aquele simplesmente ridículo. [9]
ig. 7
Legenda: -
Tudo isto são móveis e casas de gente pobre. Em nossa casa, não é Julie, apenas
temos um aparador, mas está todo decorado com esculturas.
[- Tout ça, cést des
meubles et des maisons de pauvres. Chez nous, c’est pas Julie, on n’a qu’un
buffet mais est tout garni de sculptures.]
O jornalista e historiador de arte, Henri Clouzot [10] na revista significativamente intitulada La Renaissance de l’Art Français et des Industries de luxe, escreve :
“Estas construções, condicionadas pelos limites da área, alinhamento e
altura, impostos pelo plano geral, tem cada um a sua fisionomia própria
reflectindo o temperamento do seu autor, desde a arte abstracta e esquemática
dos inovadores mais audazes até aos desenhos mais visivelmente relacionados com
uma tradição nacional ou regional. As massas equilibram-se, as soluções
arquitetónicas diferenciam-se.
Nenhum artista desta sinfonia de pedra, ferro, vidro e betão armado
procurou salientar-se e, algo que nunca tinha sido visto antes em nenhum evento
desta magnitude, cada um procurou apenas contribuir para a beleza geral.” [11]
O diálogo e a colaboração entre arte e indústria sobre o “moderno”, que então se pretendia não terá sido alcançado.
“As duas partes
discutem sem se entenderem, porque, para elas, as palavras não têm o mesmo
significado e não designam as mesmas coisas. O industrial é perfeitamente
sincero ao declarar que está a fabricar coisas "modernas". Este
"moderno" é, na sua mente, apenas um sistema ornamental como qualquer
outro, um "estilo" bem definido e um repertório de formas que só
falta combinar.” [13]
Em plena crise da República (4 governos no ano de 1925), é o
Diário de Lisboa que dá maior atenção
à Exposição.
Neste jornal, a 11 de Maio, Irene de Vasconcelos [14], escreve na rubrica Cartas de Paris, que a Exposição “contribuirá [para] reconciliar
a Arte com a Indústria, os interesses dos artistas com os dos industriais,
acabando de vez com esse velho antagonismo entre uns e outros e mostrando que
um acordo é possível e necessário.
Este é o fim da Exposição. Esta é a campanha que alguns espíritos
verdadeiramente superiores veem fazendo nestes últimos anos. A colaboração
entre o artista e o industrial é absolutamente necessária. Na época presente,
raros são os artistas que podem viver numa absoluta independência. Mas
é preciso que o industrial lhes reconheça os seus direitos e saiba
respeita-los.” [15]
E termina lamentando a ausência de Portugal, então em grande
agitação política. “Procuramos inutilmente alguma coisa que nos falasse de Portugal. Mais
uma vez perdemos uma ocasião de ouvirmos falar do nosso País. As
revoluções e os movimentos políticos bastam para nos distinguirem dos outros
países da Europa.”
“Era preciso concorrermos à Exposição, custasse o que custasse, simplesmente como elemento de propaganda e para que se não diga que Portugal só sabe fazer revoluções.” [16]
No mesmo jornal, mais tarde, em 26 de Junho, Maria de
Carvalho [17],
numa crónica também lamentando a ausência de Portugal na Exposição, apenas
conhecido pelas perturbações e agitação politica explica a sua génese.
“A “Exposição de Artes Decorativas e Industriais Modernas” [sic]
já está aberta mas ainda não completa. Figuram nela a Inglaterra, a Espanha, a
Itália, a Bélgica, o Japão, a Suiça, os Países-Baixos, o Luxemburgo, o
Montenegro, a Polónia, etc., para mais não citar, pois creio que raro é o país,
por mais pequenino, que não se fizesse representar com a sua secção.”
Causou-me pena que Portugal não pensasse em apresentar também os
seus trabalhos, que os tem e tão lindos. Pensa-se em tanta coisa inútil,
discute-se tanta coisa e nos assuntos que nos podiam tornar honrosamente
conhecidos não se pensa… É triste…
Lê-se nos jornais cá de fora, a propósito do atentado contra
Ferreira do Amaral [18], o
seguinte titulo na notícia: “Les troubles du Portugal”. Não fala, no título, do
atentado, nem diz, ao menos “Des troubles”, o que seria uma “nuance” sensível. Tem
a indicação generalisada [sic]
“Les troubles”, o que indica que Portugal
está permanentemente perturbado…” [19]
E prossegue sobre os objectivos da Exposição:
“A actual exposição de Paris não realizou decerto o
menor passo no caminho que se propoz [sic] seguir: não
pode representar o estilo de uma época, nem a adaptação da arte às exigências
da vida actual – nem decerto à da vida futura! A Exposição falhou.” [21]
Coincidindo com o tom dos que, contrastando com o tom elogioso da maior parte dos jornais franceses, o jornal “le petit bleu” do dia seguinte à inauguração (29 Abril), escreve: “Sete anos depois da nossa vitória, inauguramos a lamentável Exposição de Artes Decorativas.
A Exposição que
está a abrir as suas portas – se ousamos chamar assim às grandes chaminés de
fábrica, feitas de nougat branco, que formam o vestíbulo – está atrasada e longe
de estar pronta, mas não ironizemos sobre isso: não há exemplo de uma Exposição
universal ou parcial, internacional ou nacional, que não se tenha atrasado e
não tenha sido
fig.8 – Paris – Exposition des Arts Décoratifs. Vue panoramique vers le pont Alexandre III et le Grand Palais. Postal A.P. World Fairs. Info
fig. 9 – 1ª página do Diário de Lisboa n.1293 segunda-feira 29 de junho1925.
E é só a Renovação – revista quinzenal de Arte, Literatura e Actualidades, uma secção Editorial de “A Batalha”, tem da Exposição uma visão progressista, operária e popular, tendo por título: “Um mundo de maravilhas! – A representação da República dos Sovietes. As 14 estatuas que ornam a galeria das profissões, no Edifício Inter-Corporativo.”
fig. 10 – Renovação Ano 1 -
Numero l Lisboa, 2 de Julho de 1925 (pág. 4).
A Exposição
constitue uma grande cidade, cheia de edifícios magníficos, ornada de
sumptuosos jardins, fontes luminosas, estátuas de cristal, servida de telefones
e iluminada profusamente.
Todos os
concertos e discursos são transmitidos ao mundo inteiro por meio de
comunicações radiográficas, e mais de 6 000 operários trabalharam nos últimos
dias entre os Inválidos e o Grand Palais.
Far-se-ha a volta
ao mundo visitando a Exposição das Artes Decorativas; todos os músicos do
Universo ali são ouvidos, e dançam-se também as danças de toda a Terra.
Não foram
esquecidas, no grande certamen, as creanças que teem, cerca do Quai d’Orsay, em
frente da gare dos Invalidos, uma vila de sonhos e contos de fadas. ” [25]
E, lógicamente, a Renovação coerente com a sua ideologia, destaca a participação da URSS, e as estátuas da galeria das profissões, que
adiante analisaremos.
[1] "Dans
un Grand Palais transformé et d'une somptuosité inattendue, le Président de la
République a proclamé, hier, en grande pompe, l'ouverture officielle de
l'Exposition internationale des Arts décoratifs et Industriels modernes.
Impressionnant coup d’œil que celui de ce palais magique inscrit dans le Grand
Palais. Sous le velum, une lumière douce baigne ces hauts murs de granit aux
ors pâles. Au fond de ce hall aux pures proportions, un escalier d'une ampleur
magnifique s'élève à l'infini. A chaque palier, des tribunes sont dressées, où
prennent place les invités, et dès deux heures, il ne reste guère plus de
places disponibles." Le Figaro, Mercredi 29 avril 1925 (pág. 1) source Gallica
BnF
[2] “Aux
sons de la Marche Héroique de Saint-Saens, le cortége se forme et M. Gaston
Doumergue, conduit par M Fernand David et accompagné de toutes les
personnalités officielles, du corps diplomatique, des parlementaires et des
membres de la presse quitte le Grand Palais. Le Figaro, Mercredi 29 avril 1925
(pág. 1) source Gallica BnF
[3] "M. Doumergue pénètre dans l’Exposition par la porte d’honneur du pont Alexandre-III." Le Figaro, Mercredi 29 avril 1925 (pág. 1) source Gallica BnF
[4] "On nous convie tous à voir des édifices, des pavillons, des palais, des
galeries, des kiosques, des jardins, des fontaines, des tours, des cloîtres, des
cloches, des portes monumentales." Georges Le Fèvre (1874-1959). L’art vivante
n.º 19 1 out 1925. (pág.18).
[5] "LE PREMIER DIMANCHE DES « ARTS DÉCORATIFS » QUELQUES INSTANTANÉS PRES L’APRÈS-MIDI – BEAUCOUP DE VISITEURS ET …BEAUCOUP D’OUVRIERS."
"Nombreux furent les promeneurs qui, profitant du repos dominical, ont visité hier l’Exposition des arts décoratifs. Malhereusement, en dépit des efforts accomplis, non seulement les travaux ne sont pas terminés, mais certains coins présentent encore l’aspect de chantiers." Exelsior lundi 4 Mai 1925 (pág. 6)
[6] H. Verne e R. Chavance, L’Art
decoratif moderne Les efforts tentés pour la création d’un style capable de
refléter la physionomie de notre époque, ses tendances, ses goüts, se
conceptions de la vie.
Paris Arts Décoratifs 1925. Guide de l’Exposition, Librairie Hachette Paris
1925. (pág. XXXII)
[7] “Sont admises à l’exposition les oeuvres d’une
inspiration nouvelle et d’une originalité exécutées et presentées par les
artistes artisans, industriels, créateurs de modèles et éditeurs et rentart
dans le arts décoratifs et industriels modernes. Et sont rigoureusement exclues
les copies, imitations et contrefaçons des styles anciens.”. Artcle 4 du
Réglement
[8] "En même
temps qu'elle présente une collection d'oeuvres choisies, l'Exposition qui s'ouvre
fournit le bilan d'un immense effort. Pour la première fois se révèle au public non
spécialisé le caractère cohérent des études poursuivies depuis 1890 ; mieux, l'existence
même de ces études. Sans doute on a vu depuis ces trente-cinq ans évoluer maintes
formes; on a même eu l'insigne fortune d'assister à l'élaboration d'un Style: celui
de l'auto." Art et Décoration Mai 1925 Ed. Albert Levy Paris (pág. 17) source
Gallica BnF
[9] "Les
uns bouillonnant d’un farouche enthousiasme déclarèrente que cet effort
marquait l’avènement d’un style entièrement renouvelé, riche de possibilités,
fécond en trouvailles sublimes ; les autres laissèrent tomber un veredict
écrasant ; Raté."
"Entre ces deux partis
extrêmes, des jugements plus modérés s’echelonnèrent. Madame qui a du goût
jugeait ceci inacceptable, cela délicieux. Monsieur tel effet grandiose, tel
autre ridicule." Georges Le Fèvre (1874-1959). L’Architecture
in L’art vivante n.º 19 1 out 1925. (pág. 18)
[10] Henri
Clouzot (1865-1941), jornalista, historiador de arte e consevador do Museu
Galliéra.
[11] "Ces édifices, conditionnés par des limites de surface, d'alignement et de hauteur imposées par le plan général, ont chacun leur physionomie propre et reflètent le tempérament de leur auteur, depuis l'art abstrait et schématique des novateurs les plus audacieux jusqu'aux conceptions les plus visiblement apparentées à une tradition nationale ou régionale. Les masses se balancent, les solutions architecturales se différencient. Aucun exécutant de cette symphonie de pierre, de fer, de verre, de ciment armé n'a cherché à lancer un air de bravoure, et, ce qui ne s'était vu encore dans aucune manifestation de cette ampleur, chacun n'a cherché qu'à concourir à la beauté générale." Henri Clouzot (1865-1941) L’Exposition des Arts Décoratifs a Vol d’oiseau in La Renaissance 1º Mai 1925 (pág. 27).
[12]
Léon
(Pierre Guillaume) Moussinac (1890-1964), jornalista, historiador e crítico
de cinema escreveu vários artigos sobre diversos criadores e a sua
participação na Exposição.
[13] "Les deux parties disputent sans
s’entendre, parce que les mots, pour eux, n’ont pas le même sens et ne
désignent pas les mêmes choses. L’industriel est parfaitement sincère en
déclarant qu’il fait du « moderne.
Ce « moderne » n’est, dans sa pensée, qu’un
système ornamental comme un autre, qu’un « style » bien défini, et
qu’un répertoire de formes qu’il ne reste qu’a combiner." Léon Moussinac Le
Crapouillot nº special 1º de Mai 1925. (pág.13).
[14] Irene
dos Anjos Brito de Vasconcelos (1896-1988) correspondente do Diário de Lisboa,
em Paris publicando regularmente as suas Cartas de Paris.
[15]
Irene
Vasconcelos, Diário de Lisboa 11 de Maio de 1925
[16] Irene
Vasconcelos, A Exposição Internacional de Artes Decorativas
e Industriais in Diário de Lisboa 11 de Maio de 1925. (pág. 7).
[17]
Maria Marques de Carvalho Ferreira (1879-1973)
[18]
João
Maria Ferreira do Amaral (1876-1931), comandante da Polícia de Lisboa, sofreu
em 15 de Maio de 1925 um atentado de anarquistas, que o deixou gravemente
ferido. A repressão conduziu a dezenas de prisões e deportações.
[19] Maria
de Carvalho, in Diário de Lisboa de 26 de Junho de 1925 (pág. 3).
[20]
Sezinando Raimundo das Chagas Franco (1878-1944), militar e escritor, combateu
em França e foi docente na universidade de Rennes nos anos 20.
[21] Chagas
Franco, “A exposição das artes decorativas não correspondeu ao que se dizia…”
in Diário de Lisboa 23 de Maio de 1925. (pág. 11).
[22] “Sept ans après notre victoire, nous inaugourons la piteuse et lamentable Exposition des Arts Décoratifs. L'Exposition qui ouvre ses portes – si l’on ose ainsi nommer les espèces de grans cheminées d’úsine, en nougat blanc, qui forment le vestibule – est en retard et loin d’être prête, mais nous ne chicanons pas a ce propos: il n’y a pas d’exemple qu’une Exposition universelle ou partielle, internationale ou nationale n’ait pas été en retard et ait inaugurée autrement qu´au millieu des plâtres et des outils qui trainent.” in le petit bleu, Mercredi 29 Avril 1925 :
[23]
Artur Jardim Portela (1901-1959),
A Exposição de Artes Decorativas, Diário de Lisboa n.1293 segunda-feira 29 de Junho1925. (pág. 1).
[24] Uma referência
à então, espectacular e mediática, descoberta em 1922 do túmulo de Tutankamon
[25]
Renovação
Ano 1 - Numero l Lisboa, 2 de Julho de 1925 (pág. 4).
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